A Parada do Orgulho de Toronto 2024, realizada no dia 30 de junho, foi cancelada pelos organizadores após a interrupção do evento por manifestantes pró-Palestina.
Relatórios da mídia indicam que mais de duas dúzias de manifestantes bloquearam a parada próximo ao cruzamento das ruas Yonge e Wellesley, entoando slogans como "do rio ao mar" e "o Orgulho foi um motim".
O Toronto Star informou que os manifestantes interromperam a parada por volta das 17h30, mais de três horas após o início do evento. Aproximadamente 45 minutos depois, os organizadores anunciaram o cancelamento da parada.
"Hoje, tomamos a decisão de cancelar o restante da Parada do Orgulho por nosso compromisso em garantir a segurança pública", disseram em um comunicado. "Embora respeitemos e apoiemos profundamente o direito de todos de protestar pacificamente, nossa prioridade é o bem-estar de todos os participantes e espectadores."
"Reconhecemos a Parada do Orgulho como um evento altamente esperado para o qual muitas organizações e indivíduos se preparam com entusiasmo", acrescentou o comunicado. "Empatizamos com aqueles que aguardavam ansiosamente para participar e lamentamos qualquer inconveniente causado por essa decisão."
A Coalizão Contra o Pinkwashing organizou o protesto.
Manifestantes Interrompem Parada do Orgulho em Nova York
O Mês do Orgulho deste ano ocorreu oito meses após o ataque surpresa do Hamas contra o sul de Israel.
O governo israelense afirma que militantes do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas em 7 de outubro de 2023, incluindo pelo menos 260 festeiros e outros participantes do Nova Music Festival. O governo israelense também diz que mais de 80 pessoas que foram sequestradas em 7 de outubro ainda estão vivas na Faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que mais de 35.000 pessoas morreram no enclave desde o início da guerra. A National LGBTQ Task Force e a Outright International estão entre os grupos que pediram um cessar-fogo.
O New York Daily News relatou que o Departamento de Polícia de Nova York prendeu 10 manifestantes pró-Palestina que interromperam a parada anual do Orgulho da cidade perto do Stonewall Inn. O jornal disse que os detidos, entre outras ações, jogaram tinta vermelha em uma caminhonete dentro das barreiras policiais.
No sábado, o Telegraph relatou que a polícia de Londres prendeu mais de 30 ativistas pró-Palestina para evitar que interrompessem a parada anual do Orgulho da cidade, que aconteceu no mesmo dia.
A Wider Bridge, um grupo que "advoga por justiça, combate a LGBTQfobia e luta contra o antissemitismo e outras formas de ódio", no mês passado pediu aos organizadores do Orgulho que garantam a segurança dos judeus em seus eventos.
O cancelamento da Parada do Orgulho de Toronto e as interrupções em Nova York e Londres destacam a crescente tensão entre ativistas pró-Palestina e eventos LGBTQ+. A situação levanta questões sobre a segurança pública, liberdade de expressão e o papel do conservadorismo e do apoio a Donald Trump dentro da comunidade LGBTQ+.