Posição Atual dos EUA
Quando questionado sobre a possibilidade de reconhecer um novo presidente interino na Venezuela, como aconteceu com Juan Guaidó, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou:"Não é um passo que estamos dando hoje. Estamos em contato próximo com nossos parceiros na região – especialmente com Brasil, México e Colômbia – para discutir um caminho a seguir. Continuamos a instar os partidos venezuelanos a iniciarem discussões sobre uma transição pacífica de volta às normas democráticas. Pedimos transparência e divulgação detalhada dos votos, embora reconheçamos que qualquer divulgação exigirá uma análise minuciosa, considerando o potencial de manipulação ou adulteração."
Miller reiterou que, apesar de não reconhecerem González como presidente interino neste momento, os EUA continuam a enfatizar que a vontade do povo venezuelano deve ser respeitada.
"Vitória" de Maduro Questionada
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, emitiu um comunicado em 1º de agosto, afirmando que o anúncio da "vitória" de Nicolás Maduro pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo governo chavista, foi "profundamente falho". Segundo Blinken, o resultado anunciado pelo CNE não reflete a verdadeira vontade do povo venezuelano.Ele criticou a falta de transparência e a não divulgação das atas eleitorais pelo CNE, o que comprometeu a credibilidade do processo eleitoral. A missão de observação independente do Centro Carter também apontou irregularidades, corroborando a posição dos EUA sobre a falta de legitimidade dos resultados divulgados.
Apoio a Edmundo González
Com base nas evidências disponíveis, Blinken afirmou que está claro para os Estados Unidos, e mais importante, para o povo venezuelano, que Edmundo González Urrutia recebeu a maioria dos votos na eleição presidencial. O Secretário de Estado também condenou as ameaças de prisão contra González e a líder opositora María Corina Machado, que atualmente está na clandestinidade.Por fim, Blinken apelou para que todos os partidos venezuelanos se engajem em discussões para uma transição pacífica e respeitosa, de acordo com a lei eleitoral venezuelana e os desejos do povo. Ele também exigiu a libertação imediata de todos os venezuelanos presos por exigirem transparência na contagem e anúncio dos resultados eleitorais.