Macron dissolve Parlamento francês e anuncia novas eleições

Reação à vitória da ultradireita e derrota do partido de Macron

Fonte: Michel Euler


Após a derrota de sua aliança centrista nas eleições ao Parlamento Europeu para o partido de ultradireita Reagrupamento Nacional (RN), Emmanuel Macron anunciou a dissolução da Assembleia Nacional e convocou eleições antecipadas. O RN obteve 31,5% dos votos, superando a coalizão pró-União Europeia de Macron, que teve 15,2%.

Apesar de não afetar a permanência de Macron como presidente até 2027, a falta de maioria na Assembleia Nacional dificulta a aprovação de projetos. As novas eleições estão marcadas para 30 de junho e 7 de julho.

Macron afirmou que não pode "fingir que nada aconteceu" e que a França precisa de uma maioria clara. Marine Le Pen, líder do RN, comemorou o gesto e afirmou que estão prontos para assumir o poder se receberem a confiança dos franceses.

Impacto no cenário político

A dissolução da Assembleia Nacional é uma medida rara, não ocorrendo desde 1997. Macron enfatizou a seriedade da decisão, expressando confiança nos cidadãos para definir o futuro parlamentar. Ele destacou a necessidade de enfrentar o crescimento dos partidos de ultradireita na Europa, pedindo um voto maciço nas eleições nacionais para garantir a governabilidade e continuidade de seus projetos.

Esta situação ressalta a instabilidade política na França e a necessidade de um Parlamento que apoie as reformas propostas pelo governo. A resposta dos eleitores nas próximas eleições será crucial para determinar a direção do país nos próximos anos.

Análise da Renúncia de Benny Gantz do Gabinete de Guerra de Israel

A renúncia de Benny Gantz do gabinete de guerra de Israel, ocorrida em 9 de junho de 2024, um dia após a operação das Forças de Defesa de Israel (FDI) que resgatou quatro reféns israelenses, destaca-se como um movimento significativo na política israelense. Gantz citou a incapacidade de Benjamin Netanyahu em avançar para uma "vitória real" em Gaza como razão para sua saída. A operação de resgate, que resultou na morte de três reféns, incluindo um cidadão americano, colocou ainda mais pressão sobre o governo.

Netanyahu pediu a Gantz que reconsiderasse sua renúncia, enfatizando a necessidade de união em um momento de guerra existencial para Israel. Gantz, no entanto, manteve sua posição, acusando Netanyahu de procrastinação devido a considerações políticas. A saída de Gantz reduz a coalizão de Netanyahu a 64 assentos no Knesset, mas não coloca em risco imediato o governo, que ainda mantém maioria.

Gantz, uma figura não inclinada a abordagens pacíficas, era visto como uma força moderadora dentro do gabinete de guerra, capaz de confrontar Netanyahu. Sua ausência diminui a probabilidade de um acordo de reféns, o que pode afetar negativamente as negociações e a condução da guerra com o Hamas.

A pressão internacional sobre Israel aumentou devido às ações militares em Gaza, incluindo a invasão de Rafah e o bombardeio que resultou em um grande número de vítimas civis. Gantz apoiava um acordo de cessar-fogo mediado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, destacando a necessidade de coragem por parte de Netanyahu para avançar com o plano.

Em resumo, a saída de Benny Gantz do governo de emergência de Israel reflete tensões internas e desafios políticos significativos, com impactos diretos nas operações militares em Gaza e nas negociações internacionais.


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